Há cem anos, Laguna ganhava segundo jornal diário de sua história y5c17

Jornal, como impresso diário, se notabilizou por registrar fatos que ocorriam no dia a dia da cidade, desde o primeiro acidente de automóvel em 1927 à instalação da Companhia Telefônica Catharinense, a partir de 1928. Também foi a gazeta que promoveu o concurso de Miss Laguna vencido pela jovem senhorinha Ludinira Fonseca, que viria a ser primeira-dama da cidade, esposa do médico Paulo Carneiro.
Foto: Luís Claudio Abreu/Agora Laguna

Em um dia 24 de março com este, mas há cem anos, pela segunda vez na história, a imprensa lagunense acompanhava o surgimento de um jornal diário. Depois de A Tarde, editada de 1914 a 1917, a nova gazeta foi A Cidade, que circulava sempre no começo da tarde, mas depois ou a sair logo cedo, nas primeiras horas da manhã. 1h3615

A empreitada foi de Tito Carvalho e Godofredo Marques, dois nomes que marcaram época no jornalismo daqui e de Santa Catarina durante os primeiros quarenta anos do século 20. O jornal era editado nas oficinas da Tipografia Pátria, a mesma que havia impresso o primeiro diário uma década antes. O maquinário ainda era o mesmo, uma máquina Alauzet movida a vapor – depois, foi instalado um motor elétrico – e um prelo Liberty.

Em um português poético e um linguajar que beira o romantismo, o programa editorial foi assim apresentado: “Temos a visão nítida do futuro do sul catarinense, de que o presente vem sendo uma afirmação impressiva. E a nós, toca-nos o dever de convergir o contingente, diminuto embora, mas sincero sempre, do nosso trabalho, para essa empreitada engrandecedora. Assim, a região sul catarinense, compreendendo ainda a serrana, e, notadamente, a de São Joaquim e Lages, terá a nossa pena ao serviço da propaganda de suas possibilidades, que merecem conhecidas, exploradas, pela sua possança econômica, pela sua capacidade produtora”.

O jornal, como impresso diário, se notabilizou por registrar fatos que ocorriam no dia a dia da cidade, desde o primeiro acidente de automóvel em 1927 à instalação da Companhia Telefônica Catarinense, a partir de 1928. Também foi a gazeta que promoveu o concurso de Miss Laguna vencido pela jovem senhorinha Ludinira Fonseca, que viria a ser primeira-dama da cidade, esposa do médico Paulo Carneiro.

Como é de se imaginar, a manutenção de um impresso cotidiano é custosa e em 1927 suspendeu a publicação e retornou em 1929, já como um bissemanário. Em 1930, adotou a circulação semanal e foi assim até 1931, quando parou de ser impresso. Voltou em julho de 1933 e seguiu até dezembro de 1935, último mês de sua existência. Deixou de registro, um acervo de 928 números impressos, que podem ser consultados na Biblioteca Pública do Estado, em Florianópolis.

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Vale registrar ainda que, em 1937, chegou a ser cogitada a criação de um novo com a união que ficou chamada de Diários Associados do Sul, entre A Notícia (ville), A Gazeta (Florianópolis) e Diário da Noite (Curitiba). Não foi adiante.

Já a região de Laguna voltaria a acompanhar o surgimento de um diário apenas em 1994, com o jornal Diário do Sul, que completará 31 anos em abril. Vinte anos antes, em 1974, havia a intenção de o semanário Nosso Jornal, de Edgar Nunes, se tornar impresso diário, mas a enchente de março, que nesta segunda, 24, completa 51 anos, fez com que o plano fosse abandonado.

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