Professores da rede municipal de Pescaria Brava protestaram, na manhã desta quarta-feira, 21, durante a realização da sessão extraordinária da Câmara de Vereadores que debateu projetos relativos aos vencimentos dos educadores locais. 553aq
Os projetos são do Poder Executivo e foram aprovados por maioria – apenas os vereadores José Carlos Pereira (PL) e Talita Santos (PP) foram contra. Os educadores reagiram à votação e chegaram a aplaudir, de forma irônica, a votação ao fim da segunda discussão (veja abaixo momentos do protesto).
A classe se sentiu traída, visto que no dia anterior os parlamentares haviam se colocado à disposição dos professores e indicaram que iriam esperar o resultado da audiência com o Sindicato dos Servidores Públicos, que foi marcada para ocorrer no fim desta tarde. Até a publicação do texto, a reunião seguia em andamento.
“Esse projeto chegou na Câmara, 30 minutos antes de ser lido, totalmente distorcido. Dando outras coisas que nós não tínhamos reivindicado e tirado coisas que nós já temos, tipo a regência de classe dos ACTs [professores temporários], e não quis dar o piso que é o mínimo para o professor de carreira”, critica Joyce Santana, professora efetiva.
Vereadora e ex-secretária de Educação, Talita Santos, confirma que as mudanças feitas no projeto desagradaram a classe. “A gente conversou com o prefeito e ele se colocou à disposição, vai nos ajudar nessa situação. Ele também cumpriu conosco as mudanças que foram sugeridas nos dois projetos de lei, mas infelizmente não era o que os professores queriam”, disse.
Procurado pelo Portal, o prefeito Luiz Henrique Castro (PP) informou que vai sancionar a lei na quinta-feira, 22, e destacou que, em Pescaria Brava, nenhum professor ganhará menos que o piso salarial do magistério.
“Alguns professores entenderam que [a classe] precisam de mais prestígio e eu compreendo isso, o professor tem a sua valorização. Nenhum deles vai ganhar menos que o piso em Pescaria Brava, isso é gestão do nosso município. A gente transferiu a regência de 7,5% do ACT para um auxílio-alimentação de R$ 600, que vai dar um ganho real de R$ 300 por mês a mais; e o professor efetivo de carreira que ganha acima do piso, a gente aplicou o dissídio, conforme uma lei que já tem em Pescaria Brava. Então, a gente está cumprindo a legislação, cumprindo a lei municipal e o piso do magistério”, pontuou.