Um projeto de extensão feito no Centro de Educação Superior da Região Sul (Ceres), na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Laguna, tem buscado resgatar e valorizar o conhecimento botânico tradicional. fy5n
São as Mulheres Guardiãs dos Saberes Etnobotânicos (ou Guardiãs da Etnobotânica), que explicam, por exemplo, sobre plantas que podem ser usadas para tratar problemas gástricos, ter uma dieta sustentável e restaurar áreas ambientais, por exemplo.
A iniciativa consiste em entrevistas com mulheres de comunidades tradicionais, consideradas como guardiãs, e a partir daí promover a autonomia feminina, o uso de práticas sustentáveis e a conservação da biodiversidade. Chamadas de Mamemi (mágicas, medicinais e místicas), as ervas envolvem um conhecimento que transa gerações.
O projeto é ligado ao Laboratório de Biodiversidade e Conservação Vegetal (Labcov), da Udesc Laguna, e coordenada pelo professor Juliano Gomes, do Departamento de Engenharia de Pesca e Ciências Biológicas. Foi criada em fevereiro de 2024, possui atualmente quatro bolsistas, todas mulheres.
“Tem sido transformador vivenciar momentos de muito aprendizado e crescimento. Estamos muito felizes em resgatar saberes ‘invisíveis à sociedade’, que nos permitem conectar gerações”, diz Gomes. “Essa troca de informações reforça cada vez mais que devemos conservar e valorizar esse conhecimento. Estou adorando a experiência e sou grata pela parceria e dedicação do nosso grupo de bolsistas junto com o professor”, completa a aluna Vitória Dal Zot.
O programa compartilha as novidades e descobertas através de um perfil no Instagram, que soma mais de 4 mil seguidores com alcance mensal de 30 mil usuários, e no canal do YouTube Mulheres Guardiãs da Etnobotânica.
