O candidato a vice-prefeito Nilson Coelho Filho, o Nilsinho (PP), foi flagrado com dinheiro no carro e conduzido à delegacia em uma operação em andamento desde quarta-feira, 2. A Polícia Civil classifica a situação como “sofisticado esquema de corrupção” para compra de votos na cidade. 2o2c1t
Coelho Filho disputa na chapa do ex-prefeito Mauro Candemil (MDB). A coligação foi procurada para se posicionar. Mais cedo, representantes jurídicos da aliança atribuíram o fato a “perseguição política”.
Segundo a Polícia Civil, no dia anterior, durante buscas em um sítio de propriedade do ex-secretário de Obras do governo de Candemil, Renato de Oliveira, que nega a operação, foram encontrados documentos cruciais para a investigação. Os papéis ajudaram a mapear políticos, candidatos e até policiais supostamente envolvidos no esquema. A corporação ainda foi prejudicada por vazamento de informações, facilitando a dispersão dos políticos que estavam no local.
Os policiais seguiram o monitoramento dos veículos suspeitos. Em um deles estava o candidato a vice, junto de materiais de campanha e dois malotes com R$ 18 mil. O segundo, conduzido por um assessor de deputado, transportava dinheiro, materiais de divulgação e uma arma falsa.
A Polícia Civil acredita, com base nas evidência, que o dinheiro seria usado na compra de votos.
“Esta ação demonstra que a corrupção eleitoral não será tolerada em Santa Catarina. Estamos determinados a investigar e responsabilizar todos os envolvidos, independentemente de sua posição ou influência”, afirma o delegado Ricardo Kelleter, da Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor Sul).
A Polícia Civil é, acima de tudo, uma instituição comprometida com o Estado Democrático de Direito. Nossa missão é garantir que o processo eleitoral ocorra de forma justa e transparente, livre de influências criminosas que possam comprometer a vontade popular”, pontua o delegado Bruno Fernandes, da DIC de Laguna.