Ofícios, protocolos, respostas a requerimentos e outros documentos da prefeitura de Laguna foram encontrados armazenados de forma irregular e sem qualquer condição de proteção no andar térreo do edifício localizado às margens da docas do Centro Histórico. A descoberta dos papéis pode motivar a abertura de um procedimento interno para apurar responsabilidades sobre o achado. f2q2p
Há documentos que abrangem todo o período da gestão de Adílcio Cadorin, entre 2001 e 2004. Há ainda alguns poucos itens de outras istrações como a de Célio Antônio, entre 2005 e 2012, e de Everaldo dos Santos, de 2013 a 2016, e é possível que haja de anos ainda mais anteriores, pois há materiais de imprensa do final da década de 1990, quando o prefeito era João Gualberto Pereira. Não há apenas papéis de gestão, há outros itens como adesivos temáticos, panfletos institucionais, fita de vídeo e CDs com softwares e programas operacionais. Agora Laguna esteve no local.
Uma parte está guardada em caixas ou similares e os demais estão expostos às condições do tempo. Papéis como esses compõem a memória istrativa e servem de arquivo para ações futuras ou para embasar atividades cotidianas da prefeitura. Há focos de presença de ratos e outros insetos que danificaram os documentos.
A casa está inabitada na parte inferior e em um dos cômodos, o mofo provocado por infiltrações toma conta das paredes. Há poucos móveis, consumidos por cupins, e uma espécie de expositor que pode ter pertencido ao Museu Anita Garibaldi. Na prefeitura, o caso é tratado com cautela e as primeiras providências adotadas foram retirar os papéis do local para analisar quais são os tipos de documentos, a quantidade e a extensão de período que eles alcançam. “O jurídico foi acionado e está redigindo o processo”, antecipa o prefeito Samir Ahmad (Republicanos), sobre a possibilidade de abrir uma apuração interna.
O que dizem os ex-prefeitos 3cb3u
Ouvido pelo Portal, Célio Antônio (PT) disse que não teve o aos documentos, mas afirmou que se forem da prefeitura, deveriam estar no Arquivo Público. “Alguns documentos têm tempo de validade para uso da istração pública e devem ser, dado o processo contínuo de digitalizações, documentos inservíveis”. Everaldo dos Santos (sem partido) se limitou a dizer que o caso era “estranho”. Já Adílcio Cadorin (sem partido) não quis comentar o assunto.
